Actualmente fala-se muito de cosmética oral, também referida como cosmética dentária, que consiste em procedimentos minimamente invasivos, e que servem para melhorar o aspecto ou corrigir pequenas deficiências nos dentes ou tecidos moles envolventes.

O médico dentista hoje em dia, não tem a função de apenas resolver a dor do dente ao seu paciente, mas tem principalmente a função de melhorar a saúde e estética, de forma a aumentar a sua qualidade de vida e a sua auto-estima.

Esta especialidade que pretende recuperar a função e estética, integra várias técnicas:

  • Facetas cerâmicas – “capas” de cerâmica permanentes;
  • Lentes dentárias – facetas ultra-finas em cerâmica;
  • etc…

FACETAS CERÂMICAS

São consideradas dentro do grupo de tratamentos minimamente invasivos, uma vez que o desgaste que se faz no dente é mínimo.

São “capas” de cerâmica que se colam permanentemente na face externa dos dentes com o objectivo de melhorar a cor, a anatomia do dente, corrigir desgastes e pequenas alterações de posição dentária. Também podem ser usadas para fechar espaços entre dentes. Na maioria das situações implica um pequeno desgaste dentário de cerca de 1 mm.

Quando se recorre a este tipo de tratamento?

É um tipo de tratamento em que a principal indicação é estética. Não sendo necessário muito tempo em consultório e com pouca intervenção conseguem-se resultados de elevada estética, transformando o sorriso, em termos de cor, forma e posição dentária.

Como se processa este tipo de tratamento?

A primeira fase é chamada fase de estudo. Depois de determinado qual ou quais os tipos de alterações a efectuar, simula-se num modelo da boca ou na própria boca do paciente as alterações e o resultado final. Depois de concluída esta fase e inicia-se o tratamento com um pequeno desgaste dentário e pela colocação de facetas provisórias durante o período em que são confeccionadas as cerãmicas.

É um tratamento que provoca dor?

Não, é um tratamento indolor. O desgaste no dente é efectuado no tecido externo, o esmalte, e portanto na maior parte dos casos a sensibilidade é nula. Em pacientes com maior sensibilidade recorre-se à anestesia local durante a preparação dentária e por vezes nas consultas de prova das facetas.

LENTES DENTÁRIAS

Constituem a mais recente inovação na área de estética dentária.

São facetas que pela sua constituição ultra-fina em cerâmica, são por vezes denominadas lentes de contacto dentárias. Permitem alterar esteticamente os dentes na sua forma, textura, pequenas alterações de alinhamento ou simetria e ainda fechar espaços entre dentes.

Uma vez que são muito finas, com uma espessura entre 0,2 e 0,5 mm e devido à sua translucidez não são indicadas para corrigir alterações acentuadas de cor. No entanto têm a vantagem de permitir redesenhar o sorriso, com uma intervenção não invasiva sem qualquer tipo de desgaste. A adesão da lente aos dentes é feita através de materiais de cimentação específicos que lhe conferem grande durabilidade.

BRANQUEAMENTO DENTÁRIO

É um tipo de tratamento cada vez mais procurado, uma vez que a estética faz cada vez mais parte do nosso dia a dia. Um sorriso com dentes brancos é associado uma imagem de cuidado com a nossa saúde oral.

A estética dentária também é importante para a nossa socialização aumentando a autoconfiança e auto estima. Numa sociedade em que a aparência é muitas vezes um factor importante na primeira impressão que deixamos, ao contactarmos com outras pessoas, a estética e saúde oral funcionam como um factor sócio-cultural de diferenciação.

Com a idade os nossos dentes têm tendência a sofrer desgaste do esmalte, porção mais branca do dente, acentuando a cor amarelada ou acinzentada do tecido dentário que está por baixo do esmalte, a dentina. No entanto na grande parte dos casos em que os dentes aparecem com manchas estas são devidas a pigmentação por alimentos, por hábitos tabágicos ou por falta de cuidados de higiene.

É importante o médico dentista definir qual o tipo de coloração que os dentes apresentam e verificar se é superficial, externa, e portanto na superfície do esmalte, ou se é interna. Quando são externas uma eficiente higiene oral e polimento dentário podem ser suficientes. Se são internas é necessário escolher que tipo de branqueamento é mais indicado.

Existem ainda situações mais complicadas em que os dentes já nascem com tons muito amarelos ou cinzentos e estão relacionados com a toma de determinados medicamentos (antibióticos) durante a formação dos dentes. Estes são o tipo de situações em que um resultado satisfatório é mais difícil de obter.

É uma técnica em que o produto utilizado (habitualmente o peróxido de carbamida), penetra na superfície do esmalte e provoca a oxidação dos pigmentos libertando as moléculas que produzem as alterações cromáticas.
Existem várias técnicas de branqueamento dentário e deverá ser o médico dentista a escolher a mais indicada para o tipo de paciente.

No branqueamento dentário em consultório, o médico dentista aplica o produto durante um tempo reduzido, activado ou não por luz, variando consoante a marca e tipo de produto, demora em média 40 minutos. O resultado é visível logo após o tratamento.

Nestas situações o resultado depende do tipo de cor e pigmentação, uma vez que o tempo de contacto com o gel branqueador é limitado.

O branqueamento em casa é feito através da aplicação de umas goteiras de branqueamento feitas no consultório nas quais é colocado o gel branqueador pelo paciente, durante 7 a 14 dias, uma a duas horas dia, dependendo do produto utilizado.

Na técnica combinada, as duas técnicas anteriores são complementares. Recorre-se às duas técnicas de branqueamento, complementado a de consultório com a aplicação em casa de goteira com gel. Recorre-se a esta situação por vezes para conseguir resultados mais duradouros.

O branqueamento interno é utilizado em dentes desvitalizados que sofreram alterações de cor por trauma com hemorragia interna ou em consequência da desvitalização. Nesta situação o produto branqueador é colocado dentro do dente através do um orifício de acesso que foi utilizado para a desvitalização. Permanece dentro do dente durante alguns dias e conforme o resultado poderá ser ou não repetido o tratamento.

Não, as pastas branqueadoras são mais abrasivas e portanto quando usadas continuamente produzem o desgaste do esmalte. O esmalte dentário é o tecido mais resistente do dente e só se forma uma vez na vida. Deve ser preservado o mais possível pois é este que confere resistência aos nossos dentes. Assim em indivíduos que pelos seus hábitos pigmentam mais os dentes, estas pastas podem ser usadas por pequenos períodos para ajudar a remoção do pigmento e na preservação do resultado do branqueamento. Mais uma vez destacamos a importância do conselho do médico dentista indicado para a situação.
É fundamental antes de fazer um branqueamento recorrer à consulta do especialista para uma avaliação da saúde oral. É necessário averiguar se existem, inflamação gengival , lesões ou patologias da mucosa e doença periodontal activa. Estas situações são consideradas contra-indicação uma vez que estas doenças podem ser agravadas pelos produtos branqueadores.

Também se consideram contra-indicação, a presença de dentes com restaurações muito extensas, dentes com cores muito escuras, mulheres grávidas, crianças e pessoas com hipersensibilidade aos produtos utilizados.

É necessário fazer uma higiene oral e aplicação de flúor no caso de pacientes com sensibilidade de forma a criar a situação ideal para o tratamento. Só desta forma o médico dentista poderá eleger o método mais indicado para cada paciente.

Não o branqueamento dentário não danifica o esmalte. O que acontece por vezes é um aumento da sensibilidade dentária, que é corrigida após a finalização do tratamento. Em situações em que a sensibilidade dentária está presente antes de iniciar o branqueamento é conveniente fazer tratamento no sentido de controlar essa situação. Pastas de dentes específicas , aplicação de gel de flúor tópico, em casa ou por um profissional no consultório, bem como uma revisão das restaurações presentes em boca assim como de possíveis zonas de desgaste dentário, são situações aconselhadas antes de iniciar o branqueamento.
Depende de vários factores tais como:

Os hábitos alimentares do paciente, se ingere bebidas e alimentos com corantes que produzem pigmentação dentária como por exemplo café, chã, vinho tinto, frutos vermelhos , caril, espinafres etc, o resultado não é tão duradouro. Se fuma, contribui também para uma pigmentação precoce do esmalte. Os hábitos de higiene oral também são aqui fundamentais na preservação do resultado.

Quando se consegue um branqueamento profundo o resultado pode ser estável acima dos 5 anos. Nos pacientes menos cuidadosos por vezes é necessário repetir o processo anualmente.

Sim podem, mas uma vez que as restaurações não ficam mais brancas, poderá ser necessário no fim do tratamento mudar essas restaurações.

HIGIENE ORAL

A higiene oral é uma áreas da medicina dentária que tem por finalidade a prevenção de doenças orais mais comuns: inflamação gengival e/ou periodontal e as lesões cariogénicas.

Nas consultas de higiene oral faz-se a remoção do tártaro, o polimento e alisamento dos dentes, removem-se as manchas dentárias superficiais. Para este fim são utilizadas verias técnicas como por exemplo os ultra-sons, borrachas e escovas de polimento, pastas específicas e jacto de bicarbonato de sódio.

São também dados conselhos e técnicas especificas para cada doente de forma que possa prolongar o efeito destas consultas e manter afastada da sua cavidade oral as patologias referidas anteriormente. É ainda feita a prescrição dos produtos mais indicados para cada paciente.

O mais comum é repetir 6 em 6 meses. Em pacientes que apresentam grande susceptibilidade para desenvolver cáries e/ou doenças periodontais, os períodos devem ser mais curtos, 3 em 3 meses ou menores, variando com a situação.

Os pacientes que se sujeitaram a grandes reabilitações com próteses fixas ou implantes, o controlo deverá ser apertado e o paciente deverá cumprir os intervalos aconselhados pelo profissional, uma vez que o aparecimento de cáries em dentes pilares de prótese fixa ou a perda óssea no caso dos implantes podem pôr em causa todo o tratamento. A detecção precoce destas situações poderá salvá-lo.

A halitose vulgarmente designada por mau hálito, tem na grande maioria de vezes origem nas doenças da cavidade oral. Cáries, inflamação gengival, doença periodontal, falta de saliva, má higiene oral são as situações mais frequentemente relacionadas com o mau hálito.

Em menor percentagem está relacionado com problemas gástricos ou respiratórios.

Durante o processo de correcção da posição dentária com uso de aparelhos, os pacientes estão mais susceptíveis para desenvolverem lesões de cárie e inflamação gengival devido ao facto de estes dificultarem a higiene oral e promoverem a retenção bacteriana. Assim um controlo da higiene oral mais apertado é essencial para que durante todo este processo se mantenha a saúde oral.

Meios específicos tais como escovilhões e escovas dentárias, para utilizar com aparelhos de ortodontia, assim como pastas de dentes e elixires são indicados pelo profissional de saúde oral para estas situações.

É fundamental.

Os implantes dentários encontram-se inseridos em tecido vivo, o osso dos maxilares que por sua vez é recoberto por um tecido mole, a gengiva. A acumulação de placa bacteriana em torno dos implantes ou pilares sobre implantes desencadeia inflamação da gengiva, esta quando se prolonga no tempo, estende-se ao osso promovendo a sua destruição. À medida que esta destruição avança a probabilidade de salvar o implante diminui.

CORPO CLÍNICO

Dr. António Patrício
Dr. António PatrícioDiretor Clínico
Implantologia
Reabilitação Oral